Minha Peixinha

23/03/2017

Fui criada como filha única. Tudo pra mim, todos pra mim. Imagina só. Claro que quis um irmão por muito tempo! Depois, como era mesmo de se esperar, desisti.

Entendi que, na realidade em que vivíamos, não ia rolar. Não estava nos planos da minha mãe e acabei tirando dos meus também.

Um dia, minha mãe conheceu meu padrasto, que futuramente acabou por se tornar o meu pai (mas isso é tema para outra postagem). Depois de um tempo, ela ficou grávida e foi uma felicidade só! Eu já tinha 17 anos e não esperava que isso realmente fosse acontecer. Infelizmente não chegamos a nos conhecer e fomos da alegria imensa à uma tristeza inacreditável. Busquei ser uma fortaleza, mas a perda de um bebê tem o poder de nos abalar tremendamente.

Pouco tempo depois, outra gestação. Uma nova expectativa, só que dessa vez o medo e a insegurança estavam nos rodeando. Foram nove meses equilibrando a expectativa e a vontade de autopreservação, caso acontecesse alguma coisa.

No dia 11 de março de 2009, veio a notícia de que Nina tinha nascido! Não sabíamos o sexo e não estávamos próximos (meus pais foram morar fora do país) para acompanhar, esperar e torcer de perto. Nunca vou esquecer o momento em que recebi a notícia. Quando a peguei no colo, tive aquela sensação de que, para sempre, minha vida havia mudado. Como se fosse realmente uma partezinha de mim que estava chegando. Um senso de responsabilidade por aquele serzinho. Um amor e uma conexão inexplicáveis.

Este ano a minha Nina completou 8 anos. É clichê, mas passou muito rápido. Em cada momento que estamos juntas sinto as energias renovadas. É muito amor, é muita saudade!

Minha peixinha! Uma pisciana que faz com que meu lado capricorniano, terreno, fique tão mais leve.

Aliás, a vida me trouxe outras piscianas, como uma lembrança diária de que a vida não precisa ser mesmo levada tão à sério. Mas isso também é assunto para outra postagem...

Com amor,

Cecília.

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